A Epistemologia Criminológica: a Realidade Fática Histórico-Social e Cultural do Fato Delituoso
DOI:
https://doi.org/10.17921/2448-2129.2024v25n1p24-32Resumo
O presente trabalho propõe a reflexão acerca da posição da criminologia como forma de saber científico diante das relações de poder e seu objeto de estudo, observando similaridades com a sociologia e o contexto social, a partir da discussão teórica sobre o nascimento da criminologia, seu posicionamento na sistemática de capital, a completude de seu conhecimento produzido, as interpretações sobre o crime e os fatos que a circundam, explorando, inclusive, as principais teorias desenvolvidas ao longo da história, com objetivo de encontrar, no âmbito do exercício do poder e nos aspectos culturais, a verdadeira função de se conhecer cientificamente o delito e seus elementos circulantes, bem como estabelecer a conexão entre o delito e a sociedade. Para tanto, empregou-se o método hipotético-dedutivo, com exposição da problemática e criação de hipóteses que foram testadas durante a pesquisa, com escopo de encontrar uma verdade provisória. Ao final, chegou-se à conclusão que, no âmbito da criminologia, a geração de conhecimento não visa uma teoria universal e ilimitada sobre o crime, mas sim, busca analisar e extrair informações a seu respeito, não descartando sua relevância como evento social.
Palavras-chave: Poder. Saber. Símbolo. Capitalismo e Ciência.
Abstract
This work proposes reflection on the position of criminology as a form of scientific knowledge in the face of power relationships and its object of study, observing similarities with sociology and the social context, based on the theoretical discussion on the birth of criminology, its positioning in the capital system, the completeness of its produced knowledge, the interpretations about the crime and the facts that surround it, exploring, including, the main theories developed throughout history, with the aim of finding, within the scope of the exercise of power and the cultural aspects, the true function of scientifically understanding the crime and its circulating elements, as well as establishing the connection between the crime and society. To this end, the hypothetical-deductive method was used, exposing the problem and creating hypotheses that were tested during the research, with the aim of finding a provisional truth. In the end, it was concluded that, within the scope of criminology, the generation of knowledge does not aim at a universal and unlimited theory about crime, but rather, it seeks to analyze and extract information about it, without discarding its relevance as a social event.
Keywords: power, knowledge, symbol, capitalism and science.